Conheça mais detalhes sobre esta importante ferramenta para monitoramentos e pesquisas ambientais.
Enquanto o mundo gira, a comunidade científica opera a todo vapor nos bastidores. Exemplo disso são os esforços empregados em prol da preservação ambiental de florestas espalhadas pelo mundo, por meio de torres florestais instaladas em reservas. Conheça mais detalhes sobre esta importante ferramenta para monitoramentos e pesquisas ambientais.
Ter controle sobre desmatamentos, incêndios, caça ilegal e observação de espécies é fundamental para a preservação de ecossistemas, e a torre florestal é uma das melhores alternativas para tal.
Algumas torres florestais têm ainda o papel de servir como uma estação de micro meteorologia, a partir da qual é possível medir a umidade, velocidade e direção do vento, direção solar e a qualidade do ar. Tudo com zero de interferência humana, e monitoramento em tempo real.
Além disso, podem monitorar informações sobre o processo de oxigenação dos radicais na atmosfera, realizar medições dos gases em tempo real, coletar dados sobre as manifestações atmosféricas e preencher lacunas de monitoramento feitas por satélites e outros instrumentos.
Estrutura e atuação da torre florestal
Sua estrutura geralmente é feita de aço para resistir a danos causados pela ação dos ventos, calor, umidade, peso da própria estrutura e das cargas de ocupação das plataformas.
Dentre os principais benefícios do aço estão a racionalização de materiais e mão de obra, garantia de qualidade, manutenção, comprimento de vãos, sustentabilidade e segurança. Além disso, a rapidez da montagem, com peças pré-fabricadas, é uma vantagem desse tipo de construção.
Para o entendimento dos fenômenos climáticos da região, a torre florestal se comunica diretamente com outras torres, bases terrestres e monitores florestais motorizados, por meio de rádios e sistemas de comunicação, para posterior verificação in loco.
A maior torre florestal para pesquisa ambiental do mundo fica no Brasil!
Localizada no coração da Amazônia (Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, município de São Sebastião do Uatumã), a Torre ATTO (Torre Alta de Observação da Amazônia) possui 325 metros, pesa 142 toneladas e levou cerca de 1 ano para ser construída.
O projeto é uma parceria de cooperação científica entre Brasil e Alemanha para coletar dados sobre as manifestações atmosféricas para estudos referentes à interação entre a vegetação e atmosfera, possibilitando o monitoramento do clima local por cerca de 20 a 30 anos.
Ao longo dos anos esta torre florestal trará resultados inéditos em relação à física e à química da atmosfera desde a superfície da torre até os seus 325 metros, abaixo e acima da copa das árvores, além de suprir os pesquisadores com dados que antes só eram coletados por experimentos aéreos.
Segundo o pesquisador Jochen Schöngart do Max Planck, além de atingir uma maior área, diferente das torres pequenas do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), a torre ATTO fornecerá dados mais confiáveis sobre os serviços ambientais prestados pela floresta Amazônica e sua interação com a atmosfera.
Com a inauguração da torre, a ciência poderá ter um acompanhamento real dos dados numa estrutura imóvel e contínua durante 24 horas. Os dados são repassados ao Inpa e ao Instituto Max Planck de Química e de Biogeoquímica, além das instituições parceiras.
A torre florestal ATTO foi construída pelo Grupo SAN Soluções, que transportou 15.000 peças em seis carretas, 1.500 degraus, 26 Km de cordoalhas de aço, 10 plataformas de trabalho, 6 elevadores e 24 mil parafusos de Curitiba até a Amazônia.
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